quinta-feira, 1 de julho de 2010

Líderes comunitários ocupam prédio da CELPA em Tucuruí

celpa

Sou informado, e leio na Folha de Tucuruí, que "vários líderes comunitários ocuparam hoje as dependências do Prédio da Rede Celpa em Tucuruí".

Segundo o citado blog, a invasão se

‘Não tenho a menor ideia de nada’, afirma vice Índio

Lula Marques/FolhaO deputado Índio da Costa (DEM-RJ), 39, última novidade da cena política, ainda não sabe o papel que vai desempenhar na sucessão presidencial.

Ungido na madrugada de quarta (30), o novo vice de José Serra falou à repórter Andreza Matais pouco depois de ter sido aclamado, à tarde, na convenção do DEM.

A entrevista foi às páginas da Folha. Perguntou-se a Índio se acha que a campanha deve adensar as críticas à gestão de Lula.

E ele, disciplinado: “Vou me assessorar com a equipe do Serra e com o próprio Serra, que tem uma quantidade enorme de pesquisas e informações que eu não tenho”.

Mais adiante: “[...] O que vou fazer é entender quais são os problemas e de que maneira eu posso contribuir...”

“...Mas é muito cedo para tudo, faz três horas que eu fui indicado, não tenho a menor ideia de nada”. Abaixo, a entrevista:


- De que forma o senhor acha que pode contribuir para a campanha? Vou conversar com o Serra ainda sobre isso, mas acredito que trazendo a juventude, mobilizando pessoas por meio das redes sociais, contribuindo com algumas ideias, mobilizando políticos. Eu pretendo fazer o que for necessário para ele ganhar a eleição, inclusive percorrer o país.
- Pesquisas recentes mostram vantagem da candidata Dilma Rousseff (PT). Acha que é possível virar o jogo? Não tenho dúvidas. O clima de já ganhou atrapalha. Temos que trabalhar muito, mostrar para o país que o projeto do Serra é muito melhor que o da Dilma.
- Acha que a campanha tem que ter uma linha mais crítica ao governo Lula? Vou me assessorar com a equipe do Serra e com o próprio Serra, que tem uma quantidade enorme de pesquisas e informações que eu não tenho. Tenho uma experiência de funcionamento do serviço público, e isso é uma questão que serve para qualquer área, é gerencial. O que vou fazer é entender quais são os problemas e de que maneira eu posso contribuir. Mas é muito cedo para tudo, faz três horas que eu fui indicado, não tenho a menor ideia de nada.
- Por que o sr. acha que seu nome foi escolhido? Sou uma pessoa jovem, pela importância na aprovação do Ficha Limpa como relator, não tenho nenhum problema, tenho ficha limpa, e estou cheio de vontade de ajudar. Fazer com que o Brasil deixe esse modelo Lula e parta para um diferente.
- O projeto Ficha Limpa foi abrandado pelo Congresso. Infelizmente a base do governo Lula era contra o projeto e tentou atrapalhar de todas as formas. O texto foi um grande avanço para o Brasil, foi o possível.
- Sabe qual é a principal proposta de Serra? O Serra tem várias propostas fundamentais para essa campanha, uma que eu acho importante é a questão de aproximar o político do eleitor e isso o Ficha Limpa fez muito bem e a gente pretende agora avançar.

Luluzela!

Ique

Articulação de Lula minou chapa idealizada por Serra

Lula Marques/Folha
Sob desatenção de Guerra e Maia, nas pontas, Serra 'celebra' Índio, 'seu' vice

Em articulação subterrânea, Lula imprimiu suas digitais na crise que levou à desmontagem da chapa puro-sangue do PSDB.

O presidente telefonou na terça-feira (29) para o senador Osmar Dias (PDT-PR). Fez um apelo para que ele retomasse o projeto de disputar o governo do Paraná.

Osmar é irmão de Álvaro Dias (PSDB-PR), o senador que o presidenciável tucano José Serra escolhera para seu vice.

Antes do telefonema de Lula, Osmar rumava para a disputa ao Senado. Concorreria à reeleição na chapa de Beto Richa, candidato tucano ao governo paranaense.

Lula cuidou de recordar a Osmar que, há mais de um ano, empenha-se para fazer dele seu candidato no Paraná, com o apoio do PT e do PMDB.

A ligação de Lula deixou Osmar balançado. Acionado pelo Planalto, o ministro Carlos Lupi (Trabalho), mandachuva do PDT foi ao senador.

Ao final da conversa com Lupi, Osmar já era, de novo, candidato a governador, não mais a senador. A notícia ganhou a velocidade de um raio.

Foi alardeada, via micro-blog, pelo ministro Alexandre Padilha, coordenador político de Lula. Ganhou as manchetes no Paraná. E se espalhou pela web.

Logo chegaria à casa do senador ‘demo’ Heráclito Fortes (PI), onde o presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ), reunia-se com congressistas da legenda.

Interlocutor habitual de Osmar Dias, Rodrigo alertara ao senador que o DEM não engoliria a seco a acomodação de Álvaro Dias na vice de Serra.

O próprio Álvaro relatara ao irmão, na noite de terça, que a barricada erguida pelo DEM fizera sua indicação subir no telhado.

Osmar, que a meses protagonizava um vaivém entre Serra e Dilma, sentiu-se como que liberado para se render aos apelos de Lula.

Com seu gesto, ofereceu ao DEM o derradeiro argumento para encostar Serra contra a parede.

Virara pó a principal alegação de Serra –a de que a opção por Álvaro atrairia Osmar e dinamitaria o palanque paranaense de Dilma.

Lula foi dormir, na noite de terça, celebrando dois feitos: ressuscitara a candidatura governamental de Osmar e ajudara a envenenar as relações de Serra com o DEM.

Noctívago contumaz, Serra ganhou uma razão adicional para manter-se acordado na madrugada de quarta (30).

Surpreendido pelo recuo de Osmar, o candidato tucano convenceu-se, a contragosto, de que a meia-volta tornara-se inevitável.

Já decidido a lançar Álvaro Dias ao mar, Serra ensaiou um recuo parcial. Cogitou substituí-lo por uma opção tucana: o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR).

Parecia dar de ombros para um relato que ouvira de Fernando Henrique Cardoso, que passara a tarde recolhendo, a portas fechadas, as queixas da cúpula 'demo'.

Estava em jogo a aliança com o DEM e, sobretudo, os três minutos de propaganda televisiva que a legenda agrega à campanha tucana.

Convocado, Rodrigo Maia, o presidente do DEM, voou de Brasília para São Paulo ainda de madrugada.

Convidado, o grão-tucano Aécio Neves, que mantém com Rodrigo relações para lá de amistosas, tomou o avião em Belo Horizonte.

Antes da chegada da dupla, Serra ouviu de Jorge Bornhausen, presidente de honra do DEM, um nome que não lhe passara pela cabeça: Índio da Costa (DEM-RJ).

Rodrigo e Aécio reuniram-se com Serra e com o prefeito 'demo' de São Paulo, Gilberto Kassab, principal elo do candidato tucano com o DEM.

Rodrigo trazia de Brasília três nomes: o do deputado José Carlos Aleluia, que anunciara horas antes a decisão de concorrer ao Senado pelo DEM da Bahia...

...o do deputado Carlos Melles (DEM-BA), suplente de senador na chapa de Aécio; e o de Valério Pires Franco, estrela do DEM do Pará.

Serra já estava, porém, fixado em Índio da Costa, o nome que Bornhausen lhe sugerira. Encantara-se com o fato de o deputado ter relatado projeto da Ficha Limpa.

Aécio achou bom. Rodrigo não tinha razões para se opor. Índio ingressara na política pelas mãos de seu pai, o ex-prefeito carioca Cesar Maia.

No final da tarde de quarta, ao sair de um encontro com formandos de medicina bancados pelo Prouni, Lula foi instado a comentar a escolha do novo vice de Serra.

Ao ouvir dos repórteres o nome de Índio da Costa, que o DEM acabara de aclamar em convenção, o presidente indagou, com ar de pouco caso: “De onde ele é?”

Informado de que o deputado fora eleito pelo Rio, Lula saiu sem dizer palavra sobre o vice que ajudou a acomodar na chapa de Serra, o rival de sua pupila

Boa notícia: Garotinho desiste de disputar o governo

Lula Marques/Folha

Anthony Garotinho (PR) desistiu de concorrer ao governo do Rio de Janeiro nas eleições de outubro.

Sua ausência há de preencher uma lacuna na cédula. A felicidade da platéia só não é completa porque Garotinho decidiu candidatar-se a deputado federal.

Move-se escorado numa decisão liminar (provisória), expedida nesta terça (29), pelo ministro Marcelo Ribeiro, do TSE.

O ministro suspendeu uma sentença da Justiça Eleitoral do Rio, que declarara Garotinho inelegível. A suspensão vale até que o plenário do TSE julgue o caso

STF nega o pedido de intervenção no DF: 7 contra 1

FolhaPor maioria de votos –7 a 1— o plenário do STF mandou ao arquivo o pedido de intervenção no governo do Distrito Federal.

O pedido havia sido formulado pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel (foto) nas pegadas do Arrudagate.

Relator do caso, o presidente do Supremo, ministro Cezar Peluso, votou contra.

Alegou que os malfeitos praticados sob José Roberto Arruda (ex-DEM) receberam respostas adequadas do Executivo e do Legislativo do DF.

Gurgel manifestou-se em sentido contrário. Levantou dúvidas sobre o processo que resultara, em abril, na eleição indireta do governador Rogério Rosso (PMDB).

Revelou que, um dia antes da eleição, nove deputados distritais reuniram-se num hotel de Goiânia, sob os auspício$ de um empresário com negócios no DF.

Recordou que oito dos treze votos que acomodaram Rosso na cadeira de governador vieram da bancada que recebia mesada do governo Arruda.

A despeito da pregação do procurador-geral, só um ministro, Carlos Ayres Britto, votou a favor da intervenção.

"Essa é uma oportunidade excelente para libertar o Distrito Federal das garras de um esquema de enquadrilhamento para assaltar sistematicamente o erário", disse.

Ecoando Gurgel, Ayres Britto disse que as renúncias sucessivas que ocorreram em Brasília –primeiro Arruda, depois o vice Paulo Octávio— “sinalizam um estado de putrefação institucional".

Acrescentou: "República é coisa do povo, não é coisa de um grupo, não é coisa de fulano ou de beltrano".

Endossado por outros cinco ministros, o voto de Peluso prevaleceu. E Lula livrou-se da incumbência de indicar um interventor para o DF

Em votação rápida, o DEM aprova novo vice de Serra

Sérgio Lima/Folha

Depois de levar José Serra ao caldeirão, os morubixabas do DEM submeteram à tribo o nome do novo vice do presidenciável tucano: Índio da Costa (RJ).

Reunidos em convenção, num hotel de Brasília, os 'demos' aclamaram Índio na velocidade de um raio. Ungido, o deputado declarou-se “surpreso”.

E fez um “agradecimento especial” aos caciques de sua taba: o ex-prefeito César Maia e o filho dele, Rodrigo Maia, presidente do DEM.

"Não há como não aceitar uma missão como essa, dada pelo meu partido”, disse Índio. Teve a delicadeza de afagar Serra:

“Tenho também muito orgulho de participar da chapa do homem público mais preparado para dirigir esse país".

Antes, Índio encontrara-se, numa churrascaria de Brasília, com Álvaro Dias (PSDB-PR), o vice que Serra teve de lançar ao mar.

Preterido, Álvaro portou-se com civilidade incomum na selva em que se converteu a coligação pró-Serra. O senador tucano cumprimentou o deputado ‘demo’ (foto no alto